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terça-feira, 14 de julho de 2015

Linguagem do educador: Moralidade

Oi pessoal!

Iremos abordar um assunto que traz muitos problemas para os professores, como deve ser a linguagem do educador? Todos nós já passamos por momentos difíceis com alunos indisciplinados, nos questionamos, como por exemplo, o que eu faço com aquele aluno que bate nos outros? O que eu faço com aquele que fala palavrão o tempo inteiro? E com aquele que não para um minuto quieto, que fica correndo pela classe?  Colocamos para pensar e não adianta. Essas são frases que são frequentemente colocadas em pautas em reuniões com professores e coordenadores. O post de hoje tem por objetivo ajudar resolver esses conflitos a partir de pesquisas e estudos da professora Telma Vinha, esse post será o primeiro sobre esse tema, acompanhe!

Os conflitos vivenciados em sala são inúmeros, desde a relação aluno-aluno e aluno-professor, a indisciplina é um dos principais causadores desses conflitos. Para tentar amenizar ou acabar com esses acontecimentos muitos optam por uma educação arbitraria e autoritária, essa não é a solução. Aí muitos falam, “Eu converso, converso e nada muda”.  Tudo isso acaba sendo estressante para o aluno e gera insegurança e desconforto ao professor que não sabe o que fazer. Pois bem, Telma Vinha já constata o ponto chave para resolver o problema, que tipo de ser humano queremos formar¿ Autônomo, crítico, criativo, humano, responsável, que saiba conviver com o outro, cidadão, feliz, inteligente. Para que isso aconteça temos que verificar se as intervenções que estamos usando são adequadas para formar um ser humano com essas características.

Evitamos uma educação autoritária, mas não sabemos como agir diante do mal comportamento de uma criança.

Se entrarmos em uma sala de aula tradicional veremos um professor idealizando formar esse ser humano que citamos, porém nos deparamos uma sala de aula com uma carteira atrás da outra e as crianças não podem se comunicar, conversar. Cada um tem que ter o seu próprio material, não pode emprestar para o amigo. A professora é quem diz o que fazer, quando fazer, como começar, quando começar, a que horas terminar. Ela é quem determina, inclusive, a ida ao banheiro. Isso é coerente¿ NÃO!

TRADICIONAL: É a própria professora que diz para as crianças quando está certo e quando está errado.


Buscamos o ideal é não fazemos nada para alcançá-lo, Telma Vinha ainda complementa, “Como é que queremos formar pessoas cooperativas, se um não pode ajudar o outro, porque isso é visto como ‘cola’, como uma coisa negativa? Quando escrevem, eles colocam o braço sobre o trabalho para o outro não ver. Como é que eu posso formar pessoas solidárias, se cada um tem que ter o seu, se eu não posso compartilhar os meus materiais, se eu não posso compartilhar minhas atividades com o meu colega? Como é que eu quero formar pessoas que saibam decidir, se o professor decide até a hora das crianças irem ao banheiro, decide que atividade vai ser dada, como vai ser feita? Como é que eu quero crianças que saibam viver em uma democracia, conviver com os iguais, se eles não podem conversar? ” E agora o que iremos falar após esse argumento?Estamos agindo de forma correta diante dos nossos alunos?

Existe uma incoerência entre o objetivo e os instrumentos utilizados para atingir esse objetivo. Se o objetivo é formar um ser humano autônomo, criativo etc. A sala tem que ter um ambiente em que tudo isso seja possível de acontecer. A partir disso o foco a ser trabalhado em sala de aula é a autonomia e o desenvolvimento moral, para que assim o objetivo seja alcançado.

Um ambiente sociomoral é formado por respeito de ideias, opiniões e emoções. Em busca da cooperação.


Moralidade

O desenvolvimento moral refere-se ao desenvolvimento das crenças, dos valores, das ideias dos sujeitos sobre a noção do certo, do errado, dos juízos.
A moral se refere ao que eu devo ser, como eu devo agir perante o outro. Como eu devo e não como eu ajo. O estudo da moral, da ética, é como eu devo agir.
Piaget apresenta dois tipos de moralidade.



Moral autônoma
Quando uma pessoa governa a si mesma, é responsável pelos seus atos, leva em conta o outro antes de tomar uma decisão.

Moral heterônoma
Quando a pessoa é governada pelos outros. É uma pessoa que justifica o que ela faz, justifica o que ela sente em nome do outro, do terceiro.

O fundamental para Piaget é que as pessoas autônomas seguem determinadas normas porque elas acreditam que isso é o melhor para elas. Elas não seguem essas normas para receber uma recompensa, por medo do olhar externo, por medo de uma punição, de uma censura. O importante não é ser leal ou não, mas por que eu estou sendo leal.

A interação com o outro é o meio pelo qual se origina a inteligência, ou seja, para obter o conhecimento é necessário a interação com o objeto e o meio e desta mesma forma o conhecimento moral é adquirido com a socialização com pessoas. A construção dos valores se dá a partir das experiências com o outro.

Como ensinar a moralidade?

Através de histórias e apresentando sua moral? Não! A forma pelo qual se constrói esse conhecimento são por experiências vividas no cotidiano, onde a socialização é fundamental para que isso ocorra, não é somente apresenta-las, mas vive-las.

Exemplo: O pai ensina a não mentir, mas quando, por exemplo, encontra uma morena na padaria, diz para o filho: “não fala para tua mãe que eu encontrei com a fulana”. Ou a mãe bate o carro e diz: “não conta para o teu pai que fui eu! ”. Ou ainda quando a criança fala a verdade, é punida, mais pelo que ela contou do que por ter falado a verdade. No entanto, para a criança, o sentimento é de que falou a verdade e foi castigada. O que ela está aprendendo? A criança vai percebendo que, às vezes, ela mente e não é descoberta e que a mentira é necessária para escapar de um castigo. Essas são as experiências que ela está tendo com as pessoas, mostrando que nem sempre ser honesto é um bom negócio.

Por tanto devemos ficar atentos as nossas atitudes para sermos bons exemplos.
Moralidade envolve uma série de regras e essas regras só existem porque na convivência entre as pessoas são necessárias. Com o tempo, a criança vai percebendo as consequências do não cumprimento da regra ou da necessidade dessa regra existir. Na educação, é isso que tem de ser mostrado para as crianças.

É importante associar uma regra a um bem-estar e às consequências do não cumprimento dessa regra. Tem de haver sentido na existência da regra, para um bom convívio social.

Espero que tenham gostado,
beijinhos*

quarta-feira, 8 de julho de 2015

LDB: Artigos 4º, 5º, 6º e 7º Do direito à educação e do dever de educar

Olá pessoal!

Vamos aos nossos estudos sobre as leis, é muito importante estuda-las para que passamos entender quais são os nossos direitos e deveres.



TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de:
I - Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:
a) pré-escola;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio;
II - Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria;
 V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
 VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
 VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
 IX - Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem.

Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.
§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:
I - Recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;
II - Fazer-lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
§ 2º. Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais.
§ 3º. Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do Art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
§ 4º. Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
§ 5º. Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.

Art. 6º. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental.

Art. 7º. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no Art. 213 da Constituição Federal.


O Título III da LDB, apresenta as condições de escolas que o Estado deve oferecer, ou seja, é necessário haver escolas de educação infantil à ensino médio gratuito para todos.


Esses artigos estão bem detalhados, a leitura dos mesmos, fará com que compreenda. Caso tenham dúvidas, o vídeo do professor Hamurabi Messeder, irá dar uma melhor explicação.



beijinhos*














terça-feira, 16 de junho de 2015

Qual é o momento certo para aprender outro idioma?

Oi pessoal!

Sempre quando o assunto é a educação dos filhos surgem muitas dúvidas, como: Será que o momento? Será que irá conseguir? E se atrapalhar? São diversas questões que confundem os pais, um dos assuntos que ultimamente estão discutindo é qual a idade apropriada para começar a estudar outro idioma. Pensando nisso o post de hoje baseado em pesquisas, irá tirar essas dúvidas e explicar melhor o que fazer. Acompanhe!

Quando a decisão a ser tomada se refere a nós mesmos, parece ser mais fácil, pois cada um conhece seus potenciais e desejos. Porém quando o que está em jogo é futuro dos filhos a decisão sempre pede uma reflexão mais apurada e uma observação mais precisa. É necessário não só entender o que os fazem felizes, mas também conhecer a fase certa de iniciar uma atividade para que ela seja aproveitada intensamente.

O mercado de trabalho pede um profissional competente, mas que acima de tudo tenha uma visão ampla de sua área e conhecimento básico de idiomas. Vivemos em uma época globalizada onde o fluxo de culturas é muito grande. Saber falar, ler, escrever ou no mínimo entender um pouco de inglês e espanhol é importante para a vida social, mas acima de tudo fundamental para o mercado de trabalho.

De acordo com alguns estudos, as crianças podem começar a aprender outros idiomas desde pequenas, mas essa aprendizagem deve estar sempre associada a vivência, ao cotidiano dessa criança. A linguagem propriamente da criança é construída a partir do nascimento, mas a linguagem de outros idiomas que não fazem parte da cultura que ela vive no dia a dia tem que ser acompanhada com uma vivência, com a prática, porque toda linguagem pressupõem uma experiência, o que a gente chama de vivência prática e significativa para a criança. Existem estudos que mostram que é possível introduzir outro idioma na criança a partir do momento que surge a linguagem oral, mas isso deve ser feito de uma maneira cuidadosa para não confundir os pequenos, com relação a linguagem, numa etapa evolutiva muito precoce.

Outro aspecto muito importante na hora de introduzir um novo idioma em uma idade precoce é a participação da família. Ou seja, é preciso que os pais ou responsáveis tenham o hábito da prática desse novo idioma em casa para ajudar a criança a entender melhor o significado do idioma. Se o ambiente em que a criança convive não tem o uso do código linguístico do outro idioma a criança pode ficar confusa com relação às palavras. A linguagem começa com os pais nomeando as ações “caiu”, “bateu”, a criança vê a ação e ouve o que aconteceu, isso significa que ela vivenciou o acontecimento. Ela viu, ouviu e entendeu a ação. Com o tempo, ela vai associando ações com palavras, e a linguagem oral vai ganhando significado no contexto geral, isso significa vivencia prática. Se a família usa outros códigos linguísticos, a criança começa a perceber que existem outros nomes para a mesma ação.

A criança só vai conseguir distinguir sozinha as diferenças de linguagem por volta dos 7 anos. É por isso que a alfabetização também começa nessa idade. Então, se a família não tem a vivência prática de outro idioma o ideal é que a criança comece a aprender outras línguas nessa faixa etária.

Como identificar se o filho não está pronto para outro idioma?

Os pais devem ter em mente que também existem as diferenças de aprendizado que variam de criança para criança, o “estar pronto” está associado por diversos fatores, como a estimulação do meio que ela vive e o desejo dela em interagir com esses estímulos. Não se pode negar também que a criança tenha desejos. Ou seja, ela pode não gostar de determinado idioma. É um conjunto de fatores que vão determinar um maior grau de facilidade ou não de aprendizagem. Antes dos 6 ou 7 anos é mais difícil de reconhecer se a criança está aprendendo ou não, ela ainda é muito precoce e quer brincar com as letras, quanto menor a criança menos recursos a gente tem para identificar esse desejo.

Dica para os pais

A cobrança e a ansiedade dos pais podem atrapalhar o processo. É preciso respeitar as habilidades das crianças. Se a criança não gostar não adianta. Ela não vai ser feliz, não vai exercer as tarefas, vai ficar de mau-humor, não vai participar. Quando essa criança estiver em outra faixa etária com maior maturidade vai poder decidir o que realmente quer fazer.

A observação e o acompanhamento na fase de aprendizagem é o principal termômetro que os pais e responsáveis têm para medir o desejo e habilidade dos filhos. Cada criança tem um motivo, tem uma motivação, tem um tempo, um sentimento e suas próprias vontades que devem ser respeitadas. Só assim, ela terá prazer em aprender, não só na infância, mas também na fase adulta.

Espero que tenham gostado.

beijinhos*

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Filosofando: Platão

Oi pessoal!

Vamos continuar nossos estudos sobre os filósofos? Hoje vamos estudar sobre Platão. Acompanhe o post.

A vida de Platão

Em 428 a.C. (ou 427 a. C., não se sabe ao certo), nasce em Atenas aquele que por muitos é considerado o maior filósofo da Antiguidade: Platão. Sua família era muito tradicional, sendo muito de seus membros pessoas eminentes na política. Como era muito comum entre os atenienses de seu tempo, Platão desde cedo se interessou pela política. Ainda em sua juventude, Platão conhece e torna-se um discípulo de Sócrates, por quem foi profundamente influenciado em sua filosofia.

Quando, em 399 a.C., Sócrates é julgado e morto, aprofunda-se em Platão a descrença nos rumos políticos da democracia ateniense (essa crítica à democracia ateniense foi uma de suas preocupações centrais durante a sua vida). Após a morte de seu mestre, Platão resolve viajar. Vai à Magna Grécia (que hoje seria o sul da Itália) onde conhece Arquitas de Tarento, um sábio- governante que inspira em Platão um modelo de governante para a solução dos problemas políticos. Ainda durante essa viagem, Platão vai a Siracusa, cidade-Estado localizada na Sicília, onde conhece e torna-se amigo de Dion, cunhado de Dionísio, tirano da cidade. É nessa cidade que Platão tenta aplicar suas ideias sobre política. Mas nada consegue. Ainda durante essa viagem, Platão vai ao Egito, mas o que aconteceu durante essa jornada é praticamente desconhecido. É nessa época que Platão escreve seus primeiros Diálogos e, provavelmente, começa a escrever República, uma de suas maiores obras. Os Diálogos dessa fase são considerados "socráticos", como a Apologia de Sócrates e Eutífron.

Por volta de 387 a.C., já em Atenas, Platão funda sua Academia, que era uma instituição de ensino que concebia o conhecimento como algo vivo e mutável e não como algo a ser decorado e passado adiante (bem que as escolas atuais poderiam se inspirar nessa concepção platônica de conhecimento e ensino). A fundação da Academia é considerada um marco na história do pensamento ocidental. Durante vinte anos Platão dedica-se ao ensino e às suas obras. Desse período são os Diálogos considerados de "transição", como Fédon, Banquete, República, Fedro. Essa fase é considerada uma transição da filosofia socrática de Platão para uma filosofia mais pessoal, mais desvinculada de seu mestre.
Em 367 a.C., Dion chama Platão de volta à Siracusa: Dionísio I havia morrido e seria sucedido por Dionísio II. Platão vê nessa situação a chance de mudar os rumos políticos da cidade, ou seja, preparar o novo tirano para expulsar os cartagineses da Sicília. Essa segunda viagem de Platão foi fracassada, pois ele não consegue realizar seus intentos junto a Dionísio II. Ainda mais uma vez Platão seria chamado a Siracusa e mais uma vez sua viagem seria fracassada.

Acabada sua tentativa de intervir na vida política de Siracusa, Platão retorna à sua Academia para retomar a produção de sua obra. Essa última fase de sua obra pode ser considerada a fase do amadurecimento de sua filosofia, além de definir, definitivamente, as fronteiras entre o seu pensamento e o de seu mestre Sócrates. É nessa fase que podemos ver sua visão do mundo das ideias em sua plenitude. (Só para localizar quem está lendo essa biografia e nunca soube nada sobre a filosofia de Platão, cabe aqui uma rápida explicação: o mundo das ideias seria o lugar da onde tudo que conhecemos teria nascido, só que esse mundo é invisível. Tudo aquilo que podemos ver é somente uma cópia imperfeita desse mundo das ideias). São dessa fase obras como Timeu, Crítias e a inacabada Leis.

Platão morreu em 348 a.C. (ou 347 a.C.), cerca de dez anos antes de Felipe da Macedônia conquistar a Grécia. Isso mostra que talvez ele estivesse certo em criticar a democracia e a política ateniense de uma maneira geral, mas isso não cabe a nós julgarmos. Mas um dos maiores ensinamentos que ele nos legou é justamente um que mais falta em nossos dias: para Platão, o conhecimento constrói-se a partir de uma junção entre intelecto e emoção. Para ele, a ciência, o conhecimento são frutos de inteligência e amor.

Platão e a educação

Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.

Frases de Platão

"O belo é o esplendor da verdade".
"O que mais vale não é viver, mas viver bem".
"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".
"O amor é uma perigosa doença mental".
"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".
"A harmonia se consegue através da virtude".
"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".
"A educação deve possibilitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".

Espero que tenham gostado.


Beijinhos*

domingo, 31 de maio de 2015

Como lidar com os medos?

Olá pessoal!

A maioria das crianças iniciam a vida escolar antes 6 anos, onde vão para creches, algumas ficam meio período e outras período integral. Consequentemente as crianças apresentam diversos sentimentos, pois se encontram em um ambiente novo e se deparam com a ausência de seus referenciais que são seus pais. A criança fica insegura, por não estar em um ambiente familiar e assim é de responsabilidade do professor oferecer a essa criança suporte para que se sinta bem e a vontade no âmbito escolar.

O medo é um dos sentimentos mais presentes, pois muitas não conseguem distinguir o que é real da imaginação. Por exemplo, na história dos três porquinhos, a criança fica com medo do lobo, inserindo na realidade. O educador deve orientar e intervir para que a criança tenha a percepção de que a história não é real.

Uma maneira de encorajá-los é através do jogo simbólico, oferecer bonecos como lobos, bruxas, vilões e entre outros, possibilita a criança a interagir e introduzir na sua própria brincadeira. A intervenção da professora também é importante, o modo que a história é contada também pode favorecer o medo, então podemos pedir para as crianças que imitem tal personagem, assim elas percebem que não existe. Outra sugestão é fazer o pó magico da turma, uma caixinha com glitter simulando ser poderoso para tirar o medo, assim a criança de forma lúdica, irá perder o medo e se sentir segura.

A roda de conversa é essencial para o professor identificar os temores das crianças, o trabalho com sentimentos irá ajudar a criança a se expressar da melhor forma, quando houver uma situação que se sinta com medo. Na roda, todos podem contar suas experiências, desta forma terão liberdade para se expressar.

É de suma importância a família ter a participação do ocorrido em sala e assim junto a escola identificar outros medos que possam atrapalhar o desenvolvimento da criança.

Espero que tenham gostado do post.

Beijinhos*

sábado, 30 de maio de 2015

Indisciplina: O que fazer?

Olá pessoal!

Hoje iremos indagar a questão da indisciplina em sala de aula, quais fatores levam os alunos ao mau comportamento? Existe uma solução para esse problema? Quem pode ajudar e auxiliar o educando e o educador? São tantas perguntas em relação a esse tema, que muitos professores apenas ignoram a situação por não saber como agir. Então o post de hoje irá auxiliar professores e pais a enfrentar esse desafio. Acompanhe.

A sociedade está em constante transformação, onde a falta de limites e a decadência de princípios básico como respeito ao próximo, de solidariedade, de quebra de fronteiras, é uma questão de comodidade. É muito mais fácil se adaptar ao ilimitado do que viver regido por regras, por limites. Essa é a dificuldade da questão. O jovem se adapta a sociedade sem limitações e se depara com a escola regido por regras, desta forma causa um impacto. A escola é obrigada a limitar os maus hábitos adquiridos fora dela, para que o aluno tenha um bom comportamento, portanto, por este motivo, a escola acaba sendo julgada como opressora, retentora da liberdade dos alunos, ultrapassada, limitadora. Ao ocorrer este conflito, a indisciplina se aflora, pois, nasce da divergência de valores.

Indisciplina e Família

A instituição familiar é a base para um bom comportamento tanto dentro da escola como na sociedade, pois é onde se desenvolve os princípios ou melhor onde deveriam desenvolver. A educação é fundamentada dentro de casa, onde os familiares sustentam o que é certo e errado. Porém, está base está precária e sobra para a escola, principalmente para os professores ajudar esses alunos. O interesse de auxiliar esses alunos não acontece pela a maioria dos professores e assim jogam novamente para a família, onde ambos não fazem nada para mudar e assim a situação se agrava.

“... Muitas das vezes, a família não educa, não dá referências básicas e transfere para a escola esta tarefa...”. (Vasconcellos, 2013)

Tudo começa no núcleo familiar. Os valores que precisamos carregar para exercer a cidadania são adquiridos no seio da família. À família é resguardado o dever de transmitir valores tais como: respeito (em seu amplo sentido), ética, humildade, dignidade, deveres etc. A ausência desses valores faz emergir o conflito na escola, criando alunos rebeldes, professores impotentes, educação fracassada. Por isso, a falta de compromisso da família para com a educação dos seus membros, causa o crescimento da indisciplina, dentro e fora da escola.

O que fazer:

É essencial que a família seja participativa no desenvolvimento integral da criança, onde devem ter um trabalho de parceria com a escola. Acompanhar o comportamento na escola e em casa e assim verificar o que pode estar causando esse mau comportamento. Para evitar o problema, devemos orientar desde pequenos, para que cresçam com a percepção e conhecimento de que existem regras que devemos segui-las.

Indisciplina e Professor

A algum tempo atrás, o professor era considerado mestre, tinha o poder dentro da sala de aula, os alunos o obedecia, pelo simples fato de não receber castigo, havia um Currículo Disciplinar Instrucionista.  Com ele era possível “domar” os alunos; os manter sobre “rédeas” curtas. Nessa época, mas também além dela, eram evidenciados os castigos físicos e psicológicos contra os educandos. Com o passar do tempo, e com a condenação dessas ações, o professor foi se adaptando às novas realidades e criando meios punitivos para “combater” as questões de indisciplina. As palmatórias, os cintos, as cordas e os cipós foram substituídos pelas avaliações.
Por este motivo, as avaliações carregam através dos séculos o seu caráter punitivo, sendo sempre cercada por um tabu irremovível. Porém, em dias atuais, percebe-se cada vez mais claramente a ineficácia desse método opressor. Os alunos submetidos aos exames com este fim aparentam ainda mais indisciplina e repulsa contra os professores. Sem dúvida este método não resolve, apenas agrava.
Um dos meios utilizados hoje é a transferência de responsabilidade do professor para a coordenação ou direção. Mas isso não é apenas uma questão de responsabilidade, é também um caso de impotência e geração de mais indisciplina. O professor, quando não consegue conter os ânimos na sala de aula, encaminha o aluno à sala da direção ou coordenação demonstrando ao aluno sua impotência, sua fraqueza. Este, por sua vez, repete os atos indisciplinados por entenderem esta fraqueza e, principalmente, por compreenderem que as idas a estas salas não resultarão em sanções graves, a não nos casos de expulsões – procedimento não recomendado pedagogicamente.

“No entanto, o aluno queria sentir a firmeza do professor. E como não sentiu, o que vai acontecer? Muito provavelmente, esse aluno vai, de novo, ter um outro ato indisciplinar para sentir essa segurança. Se de novo o professor o encaminhar, entra-se num ciclo vicioso...” (Vasconcellos, 2013)

A partir disso nascem outros conflitos, por exemplo, entre professor e coordenador ou diretor. Ao encaminhar o aluno, o professor espera que uma punição rígida lhe seja atribuída. Em muitos casos, o professor já encaminha o aluno com um pedido de suspensão. Porém, não seria essa a intenção do aluno? Portanto, a suspensão não é uma atitude educativa e, por isso, não é a mais recomendada. Se a direção não suspende esse aluno, o professor se sente ofendido, sem importância; enquanto isso o aluno socializa com os colegas a irrelevância do professor, que cai no abismo da insignificância, perdendo toda a autoridade que a função lhe permite.

O que fazer:

Se o aluno quer sentir a sua firmeza, mostre firmeza a ele. Aja com disciplina. Se possível, insira doses de humor em suas aulas para descontrair o clima. Não exagere nas doses de disciplinas, pois a ideia dela é mediar o conflito que existe em sala de aula. Converse com os seus colegas de trabalho; pergunte se os casos acontecem também com eles; reflita sobre si mesmo; monte rodas de diálogos com os seus alunos; procure compreender o que de você perturba os alunos e corrija esses atos; seja amigo dos alunos, mas mantenha a postura profissional. Lembre-se! Os conflitos ocorridos em sala de aula deverão ser corrigidos em sala de aula.

Indisciplina e Escola

A escola deve, principalmente, ter um Projeto Político Pedagógico que contemple as questões da indisciplina. Para tanto, a escola deverá convocar as famílias, os alunos, os professores, ou seja, toda comunidade escolar para a elaboração do PPP; deve criar possibilidades de debates com os atores da educação; deve conceber regras juntamente com os envolvidos, pois desta forma facilita o seu cumprimento.
O PPP da escola deverá estar à disposição de todos para consulta. Além dele, o currículo escolar deverá contemplar os valores necessários à boa convivência entre professores, alunos, direção, coordenação, família, pessoal de apoio, enfim, ao bom convívio e harmonia entre todos os envolvidos na promoção da educação e inserção do indivíduo na sociedade.
Além disso, sempre que possível, a escola deverá promover palestras com especialistas, que debaterão o assunto com a propriedade de quem entende mais profundamente do assunto. Outro fator importante é a promoção da formação continuada dos professores, onde eles poderão adquirir conhecimentos seguros para liderarem os conflitos adequadamente e contribuírem para a elevação da pacificidade dentro e fora da sala de aula. Prioridade também é possibilitar, sempre, o diálogo entre todos os envolvidos com a educação.

O que fazer:

A escola deve promover atividades que ofereça aos educandos a possibilidade de interação com todos, assim possam obter conhecimento de como agir na sociedade. A escola é o intermédio para orientar alunos, pais e comunidade, com isso deve ter por objetivo oferecer uma educação com base na socialização. O aluno deve ter consciência da importância da escola para seu futuro e o quão seus professores são essenciais para seu desenvolvimento.

Indisciplina e Aluno

O aluno é o núcleo do processo educativo. É a partir dele e para ele que toda a educação é pensada. Infelizmente, este aluno tem protagonizado cenas de horror nas escolas, através da manifestação da indisciplina. Boa parte dos alunos da atualidade perdeu o foco dos estudos, talvez por esperarem algo diferente da escola, talvez pelos ensinamentos da sociedade do “pode tudo”, talvez pelo fracasso da família, ou ainda pela “inadequação” da escola. O importante frisar é que o aluno está cada vez mais distante das boas questões educacionais, menos comprometido com a própria formação e muito mais agressivo.
O momento é de reflexão, é de pensar que a vida parece ser muito longa, mas quando menos esperamos já estaremos na velhice sem ao menos perceber que o tempo passou tão depressa. É preciso conscientizar-se das responsabilidades que a vida nos traz. É preciso planos, metas, organização. Um presente desregrado transforma-se num futuro instável. O tão importante aluno do qual nos referimos precisará tomar um “choque” de realidade; ele precisa acordar e perceber que não vive num mundo de ilusões, de superficialidades; terá que perceber a indisciplina como a indicadora de um fracasso futuro, mas não tão distante. Seria um bom caminho para o professor, trilhar o caminho da conscientização do aluno.

O que fazer:

Conscientizar os alunos da importância da escola e como será fundamental para seu futuro. Nós como professores temos que estimular os alunos para que tenham prazer em estudar e não obrigar a fazer algo que não gostam, pois quando fazemos algo que não gostamos não fazemos com perfeição. Os conteúdos devem ter significado para eles e assim oferecer de forma convidativa para que queiram aprender. A indisciplina é marcada pelo comportamento agressivo, ou seja, se tratamos de forma agressiva consequentemente seremos tratamos mal, é reciproco. Vamos ver os alunos de outra forma, procurar dialogar mais e assim ver quais problemas estão relacionados ao seu mau comportamento e não criticar, apelidar ou rotular esse aluno. Faça uma boa intervenção para compreender o que está errado, pois muitas vezes somos os culpados desse comportamento e não enxergamos.

Referência bibliográfica: VASCONCELLOS, Celso. Disciplina e Indisciplina na Escola. Revista Presença Pedagógica, Belo horizonte, MG. v. 19, n. 112. P. 5-13, set/2013

Espero que tnham gostado do post.
Beijinhos*

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sexualidade: Quando é o momento certo para falar?

Oi pessoal!

Hoje venho com um assunto um pouco polêmico, será que devemos falar sobre sexualidade para nossos filhos e de que forma a escola deve abordar. Acompanhe o blog e tire suas dúvidas.

Para a sociedade o assunto ainda é um tabu, pois falar de sexualidade logo se pensa apenas em sexo. E para compreender de fato, vamos a seguinte questão o que é sexualidade? De acordo com a organização mundial da saúde "A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano básico." (WHO TECHNICAL REPORTS SERIES, 1975).

Para complementar nosso pensamento sobre sexualidade, quero citar uma reportagem que o site UOL publicou. “… o livro ‘A Culpa é das Estrelas’, de John Green, foi proibido em escolas públicas em Riverside, na Califórnia, por falar de morte e sexo. A proposta de proibição veio de uma mãe, Karen Krueger, que convenceu uma comissão de professores, pais, diretor e bibliotecários a retirar as cópias dos livros das bibliotecas do distrito. ‘Eu não acho que o conteúdo seja apropriado para crianças de 11, 12, 13 anos de idade’, disse ela. ” (Fonte: UOL)

O livro “A culpa é das estrelas“, do autor norte-americano John Green, conta de maneira sensível a história de um casal de adolescentes diagnosticados com câncer. Recentemente adaptado para o cinema, o livro trata de sexo e morte, dois temas tabu na nossa sociedade. A protagonista tem uma vida amorosa (e sexual) ao mesmo tempo em que lida com a doença. Não é o caso de avaliar se essa história é a melhor para abordar essas questões, mas quero discutir a postura protetora, que, nega ao jovem a oportunidade para o diálogo e a aprendizagem sobre questões ligados à vida.

O que queremos, fechar os olhos das crianças e jovens, para que não conheçam essa tal realidade? E acreditar que desta forma estaremos protegendo para que não iniciem a vida sexual precocemente? Acreditem, estão errados! 

As pesquisam mostram que os adolescentes estão começando a vida sexual em torno dos 13 anos de idade, isso ainda escondido dos pais. A falta de conversa sobre esse assunto faz com que mais cedo busquem meios para descobrirem.
Pensando nisso é necessário sim, começarmos a explicar para as crianças as diferenças, a importância de uma higiene adequada e a permitir que a criança conheça seu corpo. Tudo isso é fundamental para o desenvolvimento, desta forma a criança não vê o assunto proibido (por que não é), não é errado a criança saber que o menino tem pênis e a menina vulva, a maioria da população apelidam com medo e ainda fortalecem o pensamento errado sobre sexualidade, a criança precisa entender o seu corpo e assim nós adultos devemos sim responder as dúvidas de forma clara, objetiva e sempre com a verdade.

O início de uma vida sexual vai depender da educação sexual que tiveram, isto é, dos valores, da capacidade de tomar decisões e lidar com os desejos, da aprendizagem sobre prevenção, da sua autoestima, tudo isso irá influenciar. Geralmente ouvimos pessoas falarem “eles não estão preparados para saber”, realmente isso é verdade, nunca estamos preparados, mas quando há dúvida e o interesse, devemos sanar para que possa obter conhecimento, afinal é esse nosso papel educador. E assim devemos tranquilizar os pais para que juntos tenham esse compromisso de orientar da melhor forma as crianças, adolescentes e jovens.

De acordo com Freud e outros psicanalistas, temos o desenvolvimento psicossexual, segue a baixo as fases e o que ocorre nesse período.

I – A fase oral (0 – 1 ano)

Estende-se desde o nascimento até aproximadamente um ano de vida. Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustação) de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustrações a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustrações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. O principal processo na fase oral é a criação da ligação entre mãe e filho. A pulsão básica é fome e a sede. A fixação nessa fase causa a depressão e/ou a dependência dos outros. Ela é entendida como patológica quando a pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade. É nessa fase que o ego se forma.

II – A fase anal (1 – 3 anos)

Vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida (alguns autores falam que vai até o quarto ano de vida). Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. A criança tem de aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. Assim como na fase oral, os mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da personalidade. Tem a percepção e controle dos esfíncteres (músculos que liberam xixi e cocô). É uma fase de interiorização de normas sociais.

 III – A fase fálica (3 – 5 anos): O Complexo de Édipo

Vai dos três aos cinco anos de vida e se caracteriza, segundo Freud, pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; nessa fase o prazer e o desprazer estão centrados na região genital. A criança luta pela intimidade que os pais compartilham entre si, assim os pais se tornam ameaça parcial à satisfação das necessidades. A criança quer e teme os pais. As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo. O complexo de Édipo representa um importante passo na formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o Ego (através da diminuição do medo) quanto o Id sejam parcialmente satisfeitos. O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, porém, menos intenso. A menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por não ter um pênis – ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro lado, a mãe representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração não é possível. Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com a própria mãe é menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as meninas teriam uma consciência menos desenvolvida. Destaco que Freud usou o termo “complexo de Édipo” para ambos os sexos; autores posteriores limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o termo “complexo de Electra”.

IV – O período de latência (5 – puberdade)

Vai dos 5 anos até o início da puberdade (não tem como dar uma idade certa para esse fim). É uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego. Os desejos sexuais não resolvidos e não são atendidos pelo ego serão cobrados posteriormente. É a fase de desenvolvimento de amizades e laços sociais.

V- A fase genital (puberdade)

É a última fase do desenvolvimento psicossocial e ocorre, não por acaso, durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a uma pessoa, geralmente, do sexo oposto. Há um retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. A escolha do parceiro não se dá independente dos processos de desenvolvimento anteriores (as fases anteriores influenciam em nossas escolhas até o final de nossa vida). Os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.

É importante e fundamental a compreensão das fases, pois as crianças desenvolvem a partir de estímulos e devemos ter a sensibilidade de lidar com elas.

Geralmente na educação infantil, surgem alguns questionamentos entre as crianças, principalmente a origem dos bebês. É necessário que seja respondido apenas o que é perguntado, nada de estender o assunto (não é necessário, mesmo!).

Livros:
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Esse é um assunto que contém paradigmas que a sociedade inibe para evitar “consequências” que acreditam que virão sofrer, porém como educadores sabemos o quanto é importante abordarmos esse assunto, mas devemos ter cautela, pois há um pré-conceito e assim pode ter famílias que não irão aceitar a colocação desse tema.

Espero que tenham gostado do post,

Beijinhos*